Síndrome do Impostor e as Fases da Aprendizagem: o que líderes e empreendedores precisam saber
Você já sentiu que não merece o sucesso que conquistou? Que, a qualquer momento, vão “descobrir” que você não é tão competente assim? Neste artigo, você vai entender por que a Síndrome do Impostor é tão comum entre líderes e empreendedores — e como ela se conecta com as fases naturais da aprendizagem. Descubra exemplos práticos, entenda em qual fase você está e conheça 5 estratégias eficazes para fortalecer sua autoconfiança e seguir crescendo com mais leveza.
4/9/20253 min read
Síndrome do Impostor e as Fases da Aprendizagem: o que líderes e empreendedores precisam saber
Você já sentiu que, mesmo diante de conquistas reais, estava apenas “enganando” as pessoas? Que, a qualquer momento, alguém vai perceber que você “não é tudo isso”?
Se sim, você pode estar vivenciando a Síndrome do Impostor — um fenômeno muito comum entre líderes e empreendedores, e que pode afetar diretamente a autoconfiança, a produtividade e até o bem-estar emocional.
O que é a Síndrome do Impostor?
A Síndrome do Impostor não é uma doença, mas uma experiência psicológica marcada por uma sensação persistente de inadequação, mesmo quando há evidências concretas de competência.
A pessoa se sente como uma “fraude” e atribui seu sucesso a fatores externos, como sorte ou ajuda de outras pessoas, nunca ao próprio mérito.
Esse padrão pode gerar:
Autocrítica constante
Medo da exposição ou do erro
Procrastinação ou perfeccionismo excessivo
Ansiedade e bloqueios na tomada de decisão
Agora, como isso se conecta com o processo de aprendizagem e evolução profissional?
As 4 fases da aprendizagem segundo Robert Dilts
Robert Dilts, propôs um modelo conhecido como as 4 fases da aprendizagem. Ele ajuda a entender como desenvolvemos competências — e por que, em certas fases, é tão comum duvidar de nós mesmos:
1. Incompetência Inconsciente
Você não sabe o que não sabe.
Exemplo: Imagine um empreendedor que decide abrir seu primeiro e-commerce. No início, ele está animado e confiante, achando que “vender online é simples”. Ele ainda não tem noção dos desafios logísticos, marketing digital, atendimento ao cliente, etc.
2. Incompetência Consciente
Você começa a perceber tudo o que ainda não sabe.
Exemplo: Após o lançamento, o empreendedor enfrenta dificuldades: poucas vendas, problemas com entregas, campanhas que não dão retorno. Aqui vem o baque: “Será que sou capaz de fazer isso mesmo?”. A insegurança bate forte, e a Síndrome do Impostor pode surgir com mais força.
3. Competência Consciente
Você já sabe como fazer, mas ainda precisa se esforçar.
Exemplo: Com o tempo, esse empreendedor aprende sobre tráfego pago, otimiza processos, começa a ver resultados. Mas ainda precisa revisar anúncios, acompanhar métricas e planejar cada passo. Ele pensa: “Por que ainda tenho que me esforçar tanto? Será que sou mesmo bom nisso?”
4. Competência Inconsciente
A habilidade já está integrada.
Exemplo: Agora, ele já domina seu negócio. Toma decisões com mais confiança, automatizou processos, treina sua equipe. Mas, por já ser algo natural, pode pensar: “Nem é tão difícil, qualquer um conseguiria”. E mais uma vez, desvaloriza sua jornada e capacidade.
Por que empreendedores e líderes são mais afetados?
Empreender ou liderar envolve constante exposição, tomada de decisão, pressão por resultados e uma cobrança interna por “saber tudo”.
Além disso, muitas vezes esses profissionais estão aprendendo na prática — o que os mantém por mais tempo nas fases de incompetência consciente ou competência consciente, onde a insegurança é maior.
Essa trajetória gera um paradoxo emocional: quanto mais você aprende, mais percebe o quanto ainda há para aprender — e isso pode alimentar a dúvida sobre sua própria competência.
O que fazer na prática?
💡 Aqui vão 5 estratégias para enfrentar a Síndrome do Impostor e fortalecer sua autoestima profissional:
Reconheça a fase em que está
Nomear o momento ajuda a aliviar a pressão. Se está aprendendo algo novo, é natural sentir insegurança.Documente suas conquistas
Anote vitórias, feedbacks positivos e desafios superados. Criar um “diário de evidências” ajuda a manter a clareza sobre seu crescimento.Fale sobre o que sente
A síndrome se alimenta do silêncio. Conversar com um mentor ou psicoterapeuta pode ajudar a dissolver a sensação de isolamento.Abrace a imperfeição como parte do processo
Errar faz parte do caminho da competência. Não é sinal de fraude, mas de evolução.Considere a psicoterapia como aliada
A psicoterapia oferece um espaço seguro para elaborar medos, desconstruir padrões de autoexigência e desenvolver uma identidade profissional mais sólida.
Conclusão
A Síndrome do Impostor pode ser um desafio silencioso, mas enfrentá-la com consciência pode transformar não só a forma como você se vê, mas também a qualidade das suas decisões, relações e conquistas profissionais. Reconhecer que a insegurança faz parte do processo de crescimento é um passo importante para construir uma trajetória mais leve, confiante e alinhada com seus valores.
Lembre-se: aprender é um caminho contínuo — e sentir dúvidas não diminui seu valor, apenas confirma que você está se movendo para fora da zona de conforto e se desenvolvendo.
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